Como cheguei
nisso tudo? Por meio da autocura, de certa forma sempre me considerei forte
mentalmente, mas o universo me proporcionou um corpo frágil que na infância
tinha problemas em aceitar porque achava incompatível com o que eu sentia, a
força interior era discordante da física e isso me trazia conflitos. E então
comecei o exercício de auto investigação, que não é simples e não só prazeroso.
Em alguns momentos da minha vida também achei que a mente ia sucumbir, pela
tristeza e não aceitação de tanto sofrimento no mundo, tanta injustiça. No fim
da faculdade (2006) fiquei bem doente, principalmente do corpo, mas a mente
também já não andava bem. Comecei tentando a medicina convencional que só me
fez piorar. Como sempre fui da leitura, muitos estudos vieram e também as
auto experiências. Quando buscando por um alívio mais sutil, espiritual, mas
sem me identificar com nenhuma religião encontrei o Yoga. E o que o Yoga
naturalmente proporciona a todas pessoas que estiverem abertas à experiência é
uma percepção mais aguçada de si mesmo e do mundo. E aí vem tudo, você
reconhecer a influência e o poder na natureza em si, buscar equilíbrio,
entender melhor o funcionamento do seu organismo, da sua mente. Aí também vêm
as consequências, às vezes não como gostaria, mas como são. Vem também uma
força interior para mudar aquilo que não te cabe mais, te libertar de
personagens que não te fazem bem e ao mesmo tempo te fortalecer pra lutar pelas
coisas que você acredita.
É
autoconhecimento, é auto amor, que expande e que você também quer espalhar pro
mundo.
Praia Branca - novembro 2017