quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alter do Chão - PA (foto por Fernanda Luz)

Quando você chega a conclusão de que por melhor que faça, seja como faça, o quanto se esforce, algumas coisas não mudam, algumas coisas existem para não funcionar. Quando se chega a essa conclusão sobre algo que se anda fazendo e que anda te fazendo mal, o que se sente?
Um certo alívio porque se tira um peso que não é seu, uma certa tranquilidade porque se sabe que não foram por erros seus que as coisas não têm funcionado, uma certa paz por poder fazer mais coisas só por si mesma sem se sentir egoísta.
Mas uma certa tristeza também. Não ligo para o sentimento de "não importância" das coisas que faço ou de mim mesma. Mas é triste pensar que algumas coisas não vão mudar, não têm jeito. É triste ver pessoas boas acreditando e você achando que não vai mudar, é triste perceber que não adianta ficar doente, brigar com todo mundo, pois toda essa engrenagem foi feita pra confundir alguns e passar um pano em toda a merda.
É claro que não vou deixar de ser aquela chata, questionadora, que perturba, confunde todo mundo, fala algumas coisas sem sentido pra chegar em algum lugar. Não vou! Nem que eu quisesse. Mas também não quero me acabar e achar que é possível fazer um equipamento do estado funcionar bem e ser pleno em seus atendimentos, conseguir fazer um planejamento (e este ser respeitado), entre outras mil coisas que nunca vão funcionar. Não quero ficar doente como essa máquina louca...

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