terça-feira, 14 de junho de 2011

hotel de selva que ficamos (época da seca) - Amazônia/AM

Nestes últimos meses comecei a perceber algo novo em mim mesma. Algumas rugas que não estavam lá.
Eu cuido da minha aparência física, às vezes até mais do que deveria no meu modo de ver a vida.
Mas realmente, essas rugas são novas, elas não estavam lá. Só eu sei...
Mas eu não consigo não gostar delas porque subjetivamente elas tem um significado importante pra mim. Aprendi muito nos últimos anos da minha vida, coisas que nunca ninguém poderia me ensinar. Nem por isso cometo "erros" diferentes, mas os encaro diferente, os supero diferente e tiro algo deles que não conseguiria anos atrás.
É bom envelhecer quando se está livre de algumas pressões do modelo vigente de pessoas normais de 30 e tantos anos...
I really don't care.
Tenho alguns sonhos e alguns objetivos, não tenho uma missão apesar de às vezes agir como se tivesse, não tenho medo do futuro, nem de me arrepender do que faço hoje, às vezes tenho medo do ser humano criado nessa sociedade, mas tenho sede de vida e orgulho de minhas primeiras rugas!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Chapada Diamantina - um sonho vivido.




Quando criança eu tinha o sonho de me tornar uma mulher, uma mulher independente, autosuficiente, com coisas minhas e de minha escolha, com um carro pra poder me proporcionar mais liberdade, com dinheiro o bastante pra viajar de vez em quando, com liberdade pra poder me divertir, com paqueras o suficiente pra me causar divertidas confusões, queria chegar no dia em que poderia ir ao supermercado e escolher o que quiser.
Pra cima e pra baixo sozinha volta e meia me pego pensando... esses pequenos sonhos eu alcancei.
Eu nunca tive sonho de ser muito rica, de casar, ter filhos e de ter um adesivo de família feliz no carro.
Aqueles sonhos eu alcancei ou eles me alcançaram.
Os pequenos sonhos eu alcancei, os grandes se tornam cada vez mais impossíveis.
O que fazer sem eles? Como viver sem sonhar?
Que me caia uma nova paixão pra me fazer acreditar em novos pequenos sonhos.
Os grandes são impossíveis.
Eu tento acreditar mas a humanidade não me ajuda.
Alguns pequenos ficaram pelo caminho, morreram, eu os enterrei ou amadureceram. Mas a maioria dos grandes pequenos me alcançaram.
Mas os grandes, aqueles que atravessam fronteiras espaciais, étnicas, sexuais, etmológicas e geológicas, esses, ai esses sonhos...
Esses sonhos me tiram o sono!
Que me caia uma nova paixão COMO UM RAIO pra me fazer acreditar em novos pequenos sonhos.
Pequenos sonhos: meus opiáceos preferidos, meus queridos refúgios.