quarta-feira, 11 de julho de 2012

Barra Grande - Piauí





Nossa! Abandonei a descrição da "Rota das Emoções".  Por um lado é bom porque ao escrever relembro dos detalhes dessa maravilhosa viagem e no mieo da vida mais trabalho menos diversão, penso: nossa! Sou doida mesmo como algumas pessoas dizem, sair por aí sozinha, sem ter destino certo e fazer toda essa viagem independentemente.
Mas vamos lá! Barra Grande - Piauí. Sim, não faz parte tradicionalmente dessa rota, mas eu a incluí. Por que mesmo? Não lembro exatamente. Porque eu conheci a única pessoa que estava na praia em Atins num certo dia, numa certa hora e ele já tinha tocado com uma amiga que estudou comigo e me falou muito bem dessa praia, porque a dona da casa que eu estava tinha um primo que não conhecia pessoalmente que tinha uma pousada lá e principalmente porque eu não podia perder a oportunidade de conhecer o litoral do Piauí, que tem gente que nem sabe que existe.Existe sim e é lindo!
Barra Grande faz parte do município Cajueiro da Praia, é bem pequeno e acessível de automóvel comum, coisa que não estava acostumada até então nesta viagem, cheguei lá depois de alguns tipos de transportes num ônibus de viagem. Fiquei numa pousada incrível, acho que chamava “Casa do Velejador”, mas que era conhecida como a casa do Capucho, o pai da família linda que fiquei amiga, três crianças lindas. Era a casa deles e nos dias que eu estava lá, era a única hóspede, mas já tinha aumentado, tinham dois chalés e uma casinha.
Era de tarde e logo fui pra praia e vi um monte de gente praticando Kitesurf. UAU! Muito legal! Fiquei com vontade! Mas que praia L-I-N-D-A. Incrível que ela era de um jeito de tarde (maré cheia) e totalmente diferente de manhã (maré vazia), só descobri isso no dia seguinte quando acordei cedo e me deparei com “outro lugar”.
Fazia as refeições (deliciosas) por lá mesmo na casa, numas mesinhas do lado de fora. Por lá fiquei pensando no calor que deve fazer em Tocantins porque dizem que é tipo como estava lá só que sem vento! Imagina só!! Lá era insuportável de calor (e estávamos em setembro). Um dia voltando da praia, como uma tuaregue, perto do meio dia, percebi que era uma das poucas pessoas que andava na rua essa hora, realmente não rolava, ninguém conseguia fazer muita coisa no sol essa hora. Então depois do almoço era hora do cochilo antes de voltar pra praia, que delícia. E esse vento que salvava não era um ventinho, era um vento insanoooo! Não rolava caminhar uma certa hora do dia, hora essa que os kitesurfers estavam montando seus equipamentos. Muito bom ficar olhando eles naquele céu lindo. Lembro de um garoto local, novo, pele morena, queimadasso de sol, cabelo preto e liso que arrasava  nas ondas, surfava com pranchinha de surf solta no pé. Muito foda!
Depois fiz amizade com alguns dos praticantes de lá, a maioria paulistas que cansaram da vida insana de SP e tiveram condições e coragem de se jogar pra lá. Povo muito gente boa e que cozinhava muito bem, tinham negócios de alimentação lá muito de bom gosto.
Valeu a pena incluir esse pedacinho de Brasil na Minha Rota das Emoções. De lá foi uma aventura pra chegar em Jericoacoara, mas nada que não tivesse feito antes...