segunda-feira, 27 de junho de 2016



coloca a música certa
não a que ativa a memória e o pensamento
concentra, se alimenta, medita, pratica
mantra, tantra
deixa o prana entrar
o impuro sair
pranayama
mas que sedutor
rajas
nyama pra se empenhar com mais atenção
tapas
elas, minhas e não deles
paixões
aquelas que surgem, ressurgem, alimentam (intoxicam?)
e vivem no mais sutil além da comunicação verbal e virtual

Flor de Lótus - Cunha-SP

Norte do Chile - San Pedro de Atacama e Arica

Bom, na fronteira da Bolívia com o Chile - primeira vez que eu atravessava uma fronteira por terra - os policiais chilenos não gostaram muito da história do boliviano ter nos largado lá, parece que teria que ter ido um guia autorizado nos buscar e nos passar na fronteira, parecia algo bem inadequado pra eles Perguntaram um monte de coisa, inclusive porque brasileirxs e franceses estavam viajando juntos e como a gente tinha conhecidos elxs. Fiquei um pouco tensa, um cismou com um de nós que estava com RG em vez de passaporte, mas eles eram um pouco menos amedrontadores do que os que nos abordaram na rodoviária na Bolívia. Enfim, atravessamos a fronteira, chegamos a San Pedro de Atacama subimos umas ruas com os franceses com a gente pra procurar albergue e achamos um bem legal perto de tudo com pessoas muito legais que administravam, na rua Pachamama chamado Hostal Talar. Num era barato mas depois percebi que num era lá especificamente que era caro, mas o Chile era caro pra rolé. Eu, uma profunda admiradora do calor, lembro perfeitamente que a sensação mais marcante foi a de sentir o corpo quente, pela primeira vez em dias senti que estava com muita roupa e fui tirando um ou outro acessório e casaco pela rua, até ficar com uma camiseta só, dei muito valor! Outra coisa esperada era um banho quente, já fazia uns dois dias que a gente num tomava banho, rolou até uma piada do funcionário do hostel sobre a Bolívia não ter água quando perguntamos sobre banho, o que não era tão mentira, quente pelo menos ou abundante não tinha mesmo, fato não piada afinal. Depois daqueles dias na Bolívia (http://gigiecotrips.blogspot.com.br/2014/01/bolivia-santa-cruz-de-la-sierra-sucre.html) um banho e deitar numa cama sem precisar de mais cobertas que o meu peso foi uma sensação muito boa mesmo. E então recuperando energias e descansando ficamos pela cidade de San Pedro uns dias mesmo sem fazer muitos rolés, nos recuperando. A cidade é bem agradável, diferente, se for ver no mapa, ou quando você vai embora, percebe o quanto é isolada, foi um dos primeiros lugares que alguns povos nômades (pré incas) pararam pois tinha água, um lugar cheio de oásis, uma intensa dimensão energética por isso acredito. De várias partes se pode ver as cordilheiras. De lá saem muitos passeios para o deserto e para o Salar do Uyuni menos aventureiros e mais baratos de quem vem pela Bolívia. Cidade boa. Boas lembranças. Apesar de isolada é bem movimentada, nem parece mesmo que se está no meio do deserto. Recomendo um museu de História bem na praça central, muito bom pra aprender um pouco sobre a região, com História e artefatos desde os povos pré-incas até a invasão espanhola.






De San Pedro fomos em direção do litoral norte do Chile!!! Sem transtornos no transporte! Tudo tranquilo! Arica!!! perto do contraste que passamos familiarizava até com Santos. Ficamos no Arica Surf House Hostel, muito bom mesmo, bem localizado, preço de hostel dos mais arrumadinhos. Cidade organizada em termos de cidade, bastante carros, acesso à tudo, fácil de se localizar. Praia extensa, porto, piers, brisa-maresia, mas PELA PRIMEIRA VEZ EU ESTAVA NO OCEANO PACÍFICO! Fico emocionada com essas coisas... conexão mar! Mas não foi possível mergulhar, estava frio e a água era um gelo. Assustava um pouco as placas pela orla avisando sobre possibilidade de Tsunami e os pequenos atalhos indicados - ironia. Um bom rolé, pedalada longa e intensa com direito a uma mordida de cachorro no tornozelo (sem maiores problemas) e bastantes subidas e descidas pra chegar na ponta esquerda da orla, grutas e visuais que valeram muito a pena, uns bons 30 km ida e volta... 'uns menor' que salvaram, praias, lobos marinhos, visual deserto-praia inédito pra mim, bons vinhos...















E dali já no extremo norte do Chile a caminho do Perú!
O espanhol já fluía bem... a melhor escola...