terça-feira, 26 de julho de 2011

Hoje fico por aqui mesmo - Santos Querida


Esse inferno astral até que está rolando legal, talvez esteja conversando muito com o Diabo por aqui e ele tem me feito sentir culpa por fazer coisas que ele me mesmo me tenta. Coisa de cristão (ou ex-cristão no caso), mas está legal.

Quando eu era pequena, uma das primeiras lembranças que tenho é que queria ser mais velha, bobeira de criança, mas acho que eu nunca podia imaginar como é bom amadurecer e estar na maior parte do tempo entendendo o que está acontecendo consigo mesmo, isso é muito mais que crescer biologicamente.

Mas onde entra aquele limite entre o que eu sinto e o egocentrismo? Onde entra a diferença entre a manipulação e a tentativa de controle da situação? Se as pessoas pudessem ser sinceras, se esse mundo nos permitisse sem julgamentos, sem dogmas, sem imposições. Aaaah se todos tivessem uma vida boa para poder se sentir livre pra sinceridade. Se as barreiras capitalísticas não impedissem relações sinceras e horizontais. Se o mundo machista não esperasse uma reação da mulher que ela não quer mais ter.

Aaaaaah eu seria normal, não louca, não especial, não diferente, não não não. Eu não seria, pois eu sou porque eu tenho que negar o tempo todo. Eu sou porque minha vida me fez assim, minha maturidade, meus quase 33 bem vividos anos. Se... não. Eu sou porque minha luta é viver intensamente, meu desafio é ser feminista num mundo que finge não ser mais machista, é ser feminista sem virar sexista, é ser livre e cair em tentações sem me sentir cafajeste. Porque de cristã também tenho um pouco e gosto dos outros (quase) tanto quanto gosto de mim e não há como se relacionar sem o outro. E às vezes eu gosto tanto de pessoas...

"'A única maneira de se livrar de uma tentação é entregar-se a ela. Resista e a sua alma fica doente de desejo pelo que foi proibido.' Oscar Wilde"

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